domingo, 1 de janeiro de 2017

PRISIONEIRO

trancado em mim,
sirvo chá às senhoras viúvas, serviçais das insolúveis lembranças
...
são diálogos de materialidade sublime, vestígios de um esquecimento estéril
...
silêncios que falam alto, respostas sem perguntas, doações sem permutas
...
furtaram-me a chave desse cárcere onde mergulhei a tua procura
...
padeço do que não esqueço
...
à luz do dia, em agonia, anoiteço.
...
(sei, há borboletas lá fora)
.
chg

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