quarta-feira, 15 de julho de 2015

ANTES DO ENTARDECER

Não quero o Depois.

Não, eu não quero esse senhor, preguiçoso e covarde, a invadir, minhas manhãs ou tardes com seu palavrório carregado de  adiamentos, protelações e cancelamentos.

Não, eu não o quero.

Não o quero porque não me permito refém das suas eventualidades, dos seus acontecimentos fortuitos e das suas incertezas futuras.

Eu quero...

Quero sim - com todo fervor - o Agora.

O Agora, Deus onírico e sua espada da pressa, do logo, do já. E, sendo ele o amante da Brevidade, filha do tempo, há de enfrentar, de peito aberto e cabeça erguida, os Riscos. há de lutar, incansavelmente, contra essas criaturas imobilizantes seguidoras da teologia da inércia.

E, assim, eu montado no dorso alado do Agora, voarei livre em direção ao fabuloso desconhecido e com minha adaga de atitudes e esperanças empunhada, afugentarei o fantasma do "Ah, se eu tivesse..." que, sorrateiramente, tem subornado e aliciado os fracos e indecisos com presentes de nostalgias de um passado não vivido.

Agora, corra!

... pois, depois, poderá ser tarde demais.

Agora!

chg