... úmida manhã ...
meu corpo tomado de manha
- sofregamente -
espreguiça-se
as horas traçam seu caminhar cíclico
- pausado, sem pressa -
e as gotas do tempo pintam vitrais na janela
... lá fora, a vida é gris ...
meço cada movimento
o sentimento: saudade
o pensamento: a última tarde
ardíamos
a língua se contorcia em cólera
à flor da pele, o desejo
a língua da lua nos lambia ... um beijo
É meio dia.
(chove, fora e dentro de mim. . .)
chg
sexta-feira, 4 de abril de 2014
no corpo
onde habita minha alma ...
- parte mais etérea de mim, quiçá imortal -
... há um relicário de gestos, palavras, frases, pessoas, lugares ....
e um manancial de sentimentos e imagens
- matéria bruta da minha existência -
que se dissolvem ao toque da mão enrugada do tempo
sou sentidos e significados
sou um espírito errante
sou pele, carne e osso
... sou vida incompreendida, eternamente...
um perene lugar de pouso.
chg
onde habita minha alma ...
- parte mais etérea de mim, quiçá imortal -
... há um relicário de gestos, palavras, frases, pessoas, lugares ....
e um manancial de sentimentos e imagens
- matéria bruta da minha existência -
que se dissolvem ao toque da mão enrugada do tempo
sou sentidos e significados
sou um espírito errante
sou pele, carne e osso
... sou vida incompreendida, eternamente...
um perene lugar de pouso.
chg
...
queria desacreditar na tua existência...
- em vão -
não sou capaz.
... não consigo afugentar os fantasmas das minhas dúvidas...
e assim
faço, de cada dia, um calvário de sorrisos e lágrimas
um sinuoso caminho,
onde cato sonhos
e expurgo desilusões
um fio de navalha, onde me equilibro, exausto, frágil, apaixonado.
chg
queria desacreditar na tua existência...
- em vão -
não sou capaz.
... não consigo afugentar os fantasmas das minhas dúvidas...
e assim
faço, de cada dia, um calvário de sorrisos e lágrimas
um sinuoso caminho,
onde cato sonhos
e expurgo desilusões
um fio de navalha, onde me equilibro, exausto, frágil, apaixonado.
chg
um dia...
... as marcas do tempo
rasgam a carne
e tocam a alma
e dá vida a uma dor insuportável, incessante...
dor que não dói na pele
dor que rasga o peito
dor que faz gemer sem ruído, sem valsa, sem gemido
ah, inevitável dor...
dor que ninguém vê, ninguém houve...
dor que não tem forma, não tem som, não tem cor
não há analgésico
tampouco cura
só a assintomática febre terminal
então, resta compreender, afinal:
seguir significa aceitar
que somos matéria frágil moldada pelo tempo
que somos prenúncio do pó de um caminhar chamado vida
... somos partículas que se espalham no bailar do vento, velho da lida
assim, cansado e lento, haveremos de ir em frente
... de seguir até o alívio final
... de ir, embalado pela melodia do derradeiro suspiro.
chg
... as marcas do tempo
rasgam a carne
e tocam a alma
e dá vida a uma dor insuportável, incessante...
dor que não dói na pele
dor que rasga o peito
dor que faz gemer sem ruído, sem valsa, sem gemido
ah, inevitável dor...
dor que ninguém vê, ninguém houve...
dor que não tem forma, não tem som, não tem cor
não há analgésico
tampouco cura
só a assintomática febre terminal
então, resta compreender, afinal:
seguir significa aceitar
que somos matéria frágil moldada pelo tempo
que somos prenúncio do pó de um caminhar chamado vida
... somos partículas que se espalham no bailar do vento, velho da lida
assim, cansado e lento, haveremos de ir em frente
... de seguir até o alívio final
... de ir, embalado pela melodia do derradeiro suspiro.
chg
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