quinta-feira, 25 de junho de 2015



da vida
um dia, saio

mas segue a cidade
suas paredes, suas vias, meus rastros...


e outras vidas, vítimas urbanas...

CHG

sábado, 20 de junho de 2015

não quero distância
não quero que se foda
não quero que morra

quero, apenas, que saboreie o gosto fel de minha mais sádica indiferença.

chg

segunda-feira, 15 de junho de 2015

MAIS UMA DOS MEUS MENINOS

- Papai, estou com frieira no pé.
- Vem cá... Deixa eu ver... Não estou vendo nada no seu pé.
- Pai, frieira a gente não vê, a gente sente... Põe uma meia no meu pé que acaba com o frio dele, acaba com a frieira... Entendeu?


O Pedrinho me sai com cada uma.


chg
(para Gorette Figueiredo, amor da minha vida)

É Dia dos Namorados...


o que dizer que não pareça clichê, que não soe falso ou que não sejam palavras sem um porquê?


o que mostrar que não pareça oportunista, vago ou modista?


o que fazer que não pareça fútil, banal ou batido?


talvez seja melhor
deixar quieto, tranquilo, sereno...


deixar que o sentimento se mostre tímido, calado e sutil...

que se expresse para dentro


na leveza dos nossos sorrisos
na sutileza do toque de nossas mãos
na alegria do abraço conjunto - meu, teu e dos frutos (filhos) desse caminhar lado alado...


um dia prometemos nos amar, amar para sempre... (- Lembras?)


assim tem sido ao longo destes vinte anos de tanto querer, de muito cuidar...

dê-me sua mão e aperte firme, meu amor


saiba: nossa jornada é longa, é bela, é intensa... imensa.

chg
sou um carro desgovernado
      um barco a deriva
           menino abandonado


sou de tudo um pouco
as vezes, são; outras, louco


e, por ser quase nada,
                                          nado contra a corrente
em direção contraria à manada, sigo em frente


sou habitante do meu corpo
: casa com data de validade

eis meu mundo concreto onde experimento delírio e realidade


e no efêmero tempo da ampulheta metafórica...


a vida inteira é um vil vão conto

semeadura de palavras
colheita em verso, trova e história


meu temporário lar

que, um dia, será defunto
Eu, escombros de memória

chg