sou um carro desgovernado
um barco a deriva
menino abandonado
sou de tudo um pouco
as vezes, são; outras, louco
e, por ser quase nada,
nado contra a corrente
em direção contraria à manada, sigo em frente
sou habitante do meu corpo
: casa com data de validade
eis meu mundo concreto onde experimento delírio e realidade
e no efêmero tempo da ampulheta metafórica...
a vida inteira é um vil vão conto
semeadura de palavras
colheita em verso, trova e história
meu temporário lar
que, um dia, será defunto
Eu, escombros de memória
chg
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