domingo, 1 de janeiro de 2017

em cada fragmento dessa linha que hasteava sonhos comuns,
há um lugar...

Um lugar

onde tua saudade habita
onde ecoa a louca melodia da tua boca úmida
onde teu corpo se contraia  com o meu
onde tua profunda escuridão-íris irradiava o brilho da alma
onde o suor da derme-leite testemunhava os pecados da carne

conspirações de uma paixão em intenso deleite

lençóis molhados exalam na memória o odor de nossos líquidos visco-mornos

contemplo, da janela do agora, um filme passado, sempre presente...

num olhar para dentro, contemplo o tempo ido
lugar perdido, álbuns de recordações,  onde, exaustos, ríamos, sublimemente, ligados por um efêmero fio de saliva.

chg


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