havia um tempo...
um tempo onde
toda terra era branco árido
toda vida era matéria gris
e todo sentimento era sombra...
naquele tempo
anjos rastejavam
cantos calararam
e estrelas, do céu, despencaram...
anjos rastejavam
cantos calararam
e estrelas, do céu, despencaram...
não havia cor
não havia som
não havia luz
não havia som
não havia luz
até que...
o homem que tateava sonhos
catou no vazio daquele mundo
uma gota de vida
catou no vazio daquele mundo
uma gota de vida
uma lágrima: porção
que despencou dos olhos e inundou o chão
que percorreu a areia e devolveu o cheiro
e que semeou a cor, a luz, o amor...
que despencou dos olhos e inundou o chão
que percorreu a areia e devolveu o cheiro
e que semeou a cor, a luz, o amor...
foi quando percebeu
que era capaz de sorrir
e, pela janela de sua boca, saiu um ser que bailou a sua frente...
que era capaz de sorrir
e, pela janela de sua boca, saiu um ser que bailou a sua frente...
era uma borboleta
que dele fizera casulo
que floresceu em seu interior...
que dele fizera casulo
que floresceu em seu interior...
hoje, ele traz consigo, tatuada dentro do peito, a imagem da beleza, da deusa,
do anjo que lhe devolvera o brilho dos olhos.
do anjo que lhe devolvera o brilho dos olhos.
Maria das Dores
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