quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A LADEIRA

silenciosa, desce
vai até o fim do sonho... e desaparece


longe,
o choro das putas da noite
mulheres da via 
sem entrada, nem saída
palco da carícia, do açoite


é a vida :


... que sobe
... que sonha
... que sofre


existências a míngua
há uma lágrima do avesso
na umidade do calado verso 
no verso da página da língua...


... lá vai o sonho... e desaparece.


CHGonçalVES

Nenhum comentário:

Postar um comentário