Quando meus olhos
adentrarem o templo sagrado dos teus...
e, dentro de ti, fazer-te um carinho
se tua alma sorri; se tua língua molha...
mostro-te o caminho:
- Olha!
Contemples meu músculo vermelho,
sem pudor, com ardor, meu templo de Zeus...
e, dentro de mim, faz-me um caminho
por onde o coração ferva, a carne trema...
Dou-te o carinho:
- O vapor, lembra-te, flor? É amor...
... que por tuas narinas entrará
e, do chão, te levitará....
saberás, então, a cor
da minha paixão a te queimar.
- Sentes, amor, o vapor?
C.H.Gonçalves
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