domingo, 13 de fevereiro de 2011

ARTERIAL


Tenho medo d’esse músculo,
infame senhor de mim.

ele que me faz amar
ele que me faz matar
ele que me faz morrer...

sem me avisar, pára... e fim.

Minhas perguntas não têm respostas
É inútil procurar o diálogo
intolerante bolsa de sangue.

Rezo que batas, mesmo sem ritmo...

taquicárdico
Arritímico
... jamais paralítico.

Com tudo isso,
- Bata!
De sua vaidade depende minha vida.

- Arrogante coração, bata:
tanto, tonto, tan-to, ton-to, tan -to, ton -to...

C.H.Gonçalves


Um comentário:

  1. Com tudo isso,
    - Bata!
    De sua vaidade depende minha vida.

    - Arrogante coração, bata:
    tanto, tonto, tan-to, ton-to, tan -to, ton -to...


    AMei, POeta! Adorei,na verdade. Me senti escrevendo o teu poema. Perdones, mas é assim que me sinto quando gosto.
    Viro o poeta.

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