sábado, 1 de janeiro de 2011

Enquanto Chove


Melancólica tarde molhada de chuva,
És parceira do tempo que se veste de frio.

Meu pêlo arrepiado, escancarados poros; corpo encurva...

Sinto o cheiro da fêmea coberta de cio,
sua leve textura faz-me morrer, faz-te viúva.
                                                                              
                                                                              Ouço gotas d’água despencarem num infinito vazio...


C.H. Gonçalves

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