domingo, 27 de janeiro de 2013
CÓPULA NO LEITO FRIO SEDA ANIL
finalmente, veio . .
. veio visitar-me, a Noite
, com sua velha veste anil,
e vestiu meu corpo: pálido, nu, febril
[revirou meu relicário de insônias)
. . . veio derramar, no vácuo
um gemido sem eco
um perfume fúnebre
veio, ofertou-me o cálice hálito lúgubre
[beijou minha testa e, em seu colo gelo, fez-me ninar]
sutilmente, disse :::
- durma, meu amante... eis teu último cais
amanha, sem sol em teu horizonte,
, sem calor em tua fronte,
sonharás infinito e o acordar será jamais... !
E, antes que eu cerrasse pálpebras . .
[derramado o sangue visceral]
. inebriada de luxúria,
a puta da escuridão
foi bolinar estrelas na mais exuberante orgia celestial.
(chg)
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