sábado, 24 de novembro de 2012

NA MORADA DA ALMA

entre a derme e a carne
mora uma alma
nas profundezas do sangue
mora minha alma

[que com o toque de teus dedos, suspira 
... que com o toque de tua língua, delira]

quando a unha fere a pele, chora
chove o mar salobro cor vinhedo
é hora de partir, de seguir, ir embora
de calar a vida, ressuscitar o medo
admirar o vôo do corvo na gris aurora
dançar a valsa fúnebre sem fé, nem enredo

e se não partes
na pele cansada
o tempo faz ruga. . .
. . .
. . . e se descuidas
pela fenda da boca
a vida faz fuga.

(chg)

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