sexta-feira, 3 de agosto de 2012


PICHAVA-ME


sim...
eu escrevia 
mas por dentro... 


meu cranio era muro
sujo, frio, crosta
onde sangue era tinta
e jorrava livre pela aorta


(da dor, do amor, sua porta)


... era minha pena,
minha lida
que, pelos dedos 
virou vida... 


foi quando a mão se libertou
saiu, fugiu, e a página tingiu.


CHGonçalVES

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