NÁUFRAGO
sangrei por não saber singrar
afundei nas linhas de uma página vil
fui marinheiro de primeira linguagem,
e naufraguei nos temporais de indiferenças e r e t i cê n cias
sobrevivência
sobrevivi à derradeira tempestade... com seus trovões, travessões e um mar de infinidades
marejado, agora, flutuo agarrado em três paus de versos sem rimas
do calor de temperados climas
... calmarias
bebo a última gota de palavra que me restou na língua
é meu porto afinal, é meu ponto final.
(- poema a vista!)
tardou.
chg
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