quando o corpo é todo querer
quando a boca encharca
quando o peito aperta
quando o ar falta
é hora de dizer que ama
é hora de gritar que quer
pois se calo,
falo que sou fria carne
falo que o sonho é naufrago
falo que a vida é alma penada
e não há noite, nem dia
e tampouco música ou poesia
não há flores, não há jardins
há vazios
imensuráveis, intermináveis vazios
(eu, a deriva nesse oceano de agonia)
chg
Nenhum comentário:
Postar um comentário