quinta-feira, 17 de setembro de 2015

o barulho que teu silêncio faz
ensurdece minha razão 
faz chover os olhos 
anoitecer-me por dentro 

nessa agonia, não tardarei

posto que és...
água quanto estou deserto 
brisa se sou calor 
pão se estou faminto

as palavras, cárceres de minha garganta, gangrenam 
as mãos,  estéreis de escritas, enrijecem 
a alma, inundada de pranto, escurece

apego-me a fé em teus lábios que hão de tocar minha face e devolver-me o dom de sonhar 

uma palavra 
um beijo
por misericórdia 

(ainda que minha tez esteja rígida, pálida e fria)

chg

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