domingo, 17 de fevereiro de 2013
A PONTA DA LINHA DO TEMPO
... será quando:..
..: os cabelos cintilarem o mais robusto novelo de algodão branco...
..: a face contar histórias nas cavidades da carne flácida e grossa...
..: as mãos inquietas tremularem desritmadas em sinfonia de todo cansaço...
..: o músculo ex-viril acusar derrota, expor o frágil tempo macho...
..: o ar vagaroroso e pesado sufocar brônquios e calar o grito... o ar raro...
..: a flor do peito, em descompasso, bater sutil até acomodar-se, findar
... então saberei
num calar perpétuo,
que não mais serei.
(chg)
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