terça-feira, 17 de janeiro de 2012

MANHÃS ESCURAS, NOITES EM CLARO, SE NÃO ME PROCURAS

estranhas
o odor fétido que exala
do interior da artéria
e que dilacera minhas
entranhas


(... estranhas entranhas ...)


calas
frente ao buraco
da fossa da iris vazia
e só quando a noite faz-se dia
falas


(... falas quando calas ...)


atormentas
o coração que lamenta
e sangra o prata da lua
a cama reclama tua pele nua
ah, tormentas


(... noites em claro, manhãs escuras ...)


não há luz no fim do túnel
não há sequer túnel
nem respostas
nem curas...


... se não me procuras.


CHGonçalVES

Nenhum comentário:

Postar um comentário